PS GAIA REAGE À SAÍDA DE PAULO LOPES COMO MILITANTE DO PARTIDO
Após a notícia do jornal O Gaiense desta terça-feira a dar conta que Paulo Lopes, presidente da União de Freguesias de Santa Marinha e Afurada, entregou a sua carta de demissão do Partido Socialista, mas continuando a cumprir o mandato à frente da junta de freguesia, o Secretariado da Comissão Política Concelhia do PS/Gaia já reagiu.
"A demissão de Paulo Lopes de militante do PS, em vésperas de eleições autárquicas, é um ato de lamentável oportunismo e de ambição pessoal desmedida", lê-se na frase inicial do comunicado redigido por Dália Miranda, que critica a carta de Paulo Lopes, "vazia de explicações". Também é apontado que, "ao mesmo tempo, desrespeita a confiança que o próprio pediu ao partido para ser candidato à Junta de Freguesia de Santa Marinha e São Pedro da Afurada", visto que "o Partido Socialista serviu a Paulo Lopes durante onze anos e nove meses e deixou de servir para os últimos três meses do mandato".
A finalizar, os socialistas fazem uma previsão para o futuro a curto prazo: "Estamos certos de que ficará tudo às claras e se perceberá a real intenção deste comportamento que não podemos deixar de repudiar".
Por sua vez, para justificar a saída, o autarca Paulo Lopes afirmou que “o PS atual afastou-se, na minha perspetiva, das linhas orientadoras essenciais que historicamente o definiam, deixando para segundo plano os valores e princípios que deviam ser intransponíveis num partido com a sua história e responsabilidade”, como pode ser consultado na notícia do jornal O Gaiense, na qual se dá conta da intenção de Paulo Lopes: "Não apoiarei a candidatura do Dr. João Paulo Correia à Câmara Municipal".
Leia o comunicado do PS/Gaia na íntegra: "A demissão de Paulo Lopes de militante do PS, em vésperas de eleições autárquicas, é um ato de lamentável oportunismo e de ambição pessoal desmedida.
Ao mesmo tempo, desrespeita a confiança que o próprio pediu ao partido para ser candidato à Junta de Freguesia de Santa Marinha e São Pedro da Afurada. O Partido Socialista serviu a Paulo Lopes durante onze anos e nove meses e deixou de servir para os últimos três meses do mandato.
O que naturalmente se esperaria de alguém com mais de 30 anos de militância seria uma explicação fundamentada desta decisão. Ao contrário, a demissão é anunciada através de uma carta vazia de explicações.
Talvez por isso não seja inocente que a demissão ocorra a cerca de três meses das eleições autárquicas e na véspera da apresentação de outro(s) candidato(s) à Câmara Municipal.
Em breve, estamos certos de que ficará tudo às claras e se perceberá a real intenção deste comportamento que não podemos deixar de repudiar.
Pelo Secretariado da Comissão Política Concelhia do PS/Gaia
Dália Miranda"
