Ohana Market está a atrair atenções na Serra do Pilar e vai continuar por Gaia até dia 28

1
23-09-2025 | 15:17 | | |

Ohana Market está a atrair atenções na Serra do Pilar e vai continuar por Gaia até dia 28

Escrito por Diogo Ferreira

A longa subida até ao Mosteiro da Serra do Pilar, entre ontem e hoje, tem guardada mais uma surpresa do que a vista deslumbrante sobre as cidades de Gaia e Porto, já que o mercado urbano de produtos originais Ohana Market se instalou no local, atraindo a atenção de vários visitantes, de várias partes do mundo. É para o fim da tarde que a organização remete o período mais "convidativo a experimentar várias bebidas" no bar que dá apoio às 11 marcas que mostram os seus produtos. 

Neste mercado, que é uma iniciativa criada pelas primas Margarida Miranda e Catarina Ribeiro, estão presentes 11 marcas de autor, com produtos de  joalharia, design e ilustração, tecelagem, e outros projetos criativos portugueses. Além da participação no MEO Marés Vivas, por dois anos consecutivos, o Ohana Market tem dinamizado edições mensais em locais centrais do Porto, como a Praça das Cardosas, a Casa da Beira Alta, na Rua de Santa Catarina, ou o Mercado do Bolhão. "Gaia é um diamante em bruto, por isso pensámos que seria um grande desafio para o Ohana Market, onde se pode encontrar um bocadinho de tudo", indica Margarida Miranda.

1

O formato de proximidade, e colorido, do Ohana Market estará esta quarta e quinta-feira no Centro Cívico de Gaia (junto à Câmara de Gaia), entre as 11h e as 19h, com 15 marcas. O Ohana Market será instalado depois no Jardim do Morro (dias 26, 27 e 28, entre as 11h e as 20h), com 40 marcas. "Começámos em Gaia no ano passado, no Meo Marés Vivas, e acreditamos que faz sentido vir para aqui, principalmente pela parte de apanhar os turistas que visitam o Porto e vêm a Gaia. Também temos de enaltecer a parceria com o município para dinamizar diferentes espaços", acrescenta Margarida Miranda.

Focando as atenções nos produtos expostos na Serra do Pilar, O Gaiense foi conversar com criadores, tal como fazem vários dos visitantes, dando conta da diversidade de experiências dos próprios criadores.

Maria López, de Sevilha, participa pela primeira vez no Ohana Market para apresentar a marca 'Imperfecta Cerâmicas', que criou há três meses. "Gostaria de experimentar este mercado, já tinha visto na Praça das Cardosas e também encontrei o projeto nas redes sociais. Gosto do conjunto, do estilo e é um mercado cuidado, há carinho e amor”, elogia Maria López, que estudou Matemática e trabalhava como informática, antes de enveredar pelas artes. "Trabalho com cerâmica resistente e, às vezes, misturo com ilustrações. Quando comecei a fazer formação na escola de artes mudei de vida, aqui no Porto", conta Maria López.

1

Ao lado, Inês Barreiros mostra os produtos concebidos por si em Gouveia, onde anda à volta dos teares há vários anos. "Comecei a aprender em 2018", recorda. Criou a marca 'Fi.o Handmade' em 2020 e tem participado em mercados desde 2022 "no Porto e Gaia, maioritariamente com a Ohana", cuja "organização funciona bem e o espírito passa para os colegas. Externamente também funciona bem porque nos dá exposição e contacto com o público e turistas, neste caso", salienta Inês Barreiros, entre os artigos "feitos à mão, desde produtos para bebés, a chapéus", exemplifica. 

1

Igualmente com experiência nas iniciativas do Ohana Marker, já que começou no ano passado a participar nas sessões na Praça das Cardosas, Marlene Moreira mostra os seus "colares únicos" feitos em couro. "Estamos a experimentar a Serra do Pilar porque há muitos turistas e há uma vista fantástica". Sobre a sua marca 'Aprimitiva', explica que tudo começou "em 2012 a fazer malas e carteiras em couro e depois, com os desperdícios, em 2017, comecei a fazer colares, com introdução de pedras e detalhes pintados à mão, em dourado".

À semelhança de outros criadores, Marlene Moreira consegue, após "altos e baixos" dedicar-se a 100% à marca, à qual juntou "mais recentemente, a produção de brincos. Mantenho os colares únicos que é um desafio porque quando se faz uma peça desde o início, demora mais tempo, tenho de introduzir novos materiais para ver se encaixa. A parte final, é muito boa quando temos as pessoas a valorizarem o trabalho. Estou a tentar ao máximo investir nos colares únicos", detalha Marlene Moreira.

1

Na banca ao lado, Rute Nobrega também está a conseguir cumprir um sonho e a levar mais longe a sua marca 'Thomas'. "A Margarida e Catarina têm uma organização incrível, foi graças a elas que cresci e agradeço por ter alcançado o meu objetivo, que é dedicar-me apenas a este projeto. Tem sido espetacular. Aqui na Serra do Pilar o ambiente é muito chill. Acredito que vai ser viável continuarmos por aqui, com mais um spot para a família Ohana puder apresentar os projetos que temos e receber os turistas"

Em concreto, Rute Nobrega especializou-se em produtos de arte e decoração, feitos à mão, partir de cimento. "Estou a criar peças em cimento, de forma mais delicada, porque normalmente o cimento é associado à parte de construção civil, mais denso. Criei flores para difusores. Como o cimento é poroso absorve a essência e são difusores passivos. Também crio candeeiros, flores e formas de meninas. Fui adaptando o projeto e tentando diversificar", revela.

1

Há mais histórias para descobrir neste mercado, mais não seja da própria Margarida Miranda, que também evidencia a sua marca 'Bhoomi'. "Foi a marca que nos motivou a criar o mercado. Aproveitamos matérias folhas de chá, borras de café e uma panóplia de produtos para fazer as nossas peças de bijutaria", explica Margarida Miranda, que veio de Lisboa para a região Norte com Catarina Ribeiro com a certeza reforçada que "o Porto precisava bastante deste tipo de mercado”.

1

1

1

1

1
Fotografia Ohana Market

 

Mais notícias